PONTO DE PARTIDA, NÃO
DE CHEGADA!
·
Música
Elementar = Música Primitiva = As Origens = A Natureza = A Vibração = O Oriente
- A palavra música tem a sua origem no
grego musiké téchne, ou seja, a
arte das musas
A
HISTÓRIA DA MÚSICA ENVOLVE AO MENOS:
- As
origens culturais da música em cada grupo humano estudado.
- As
influências culturais e sociais que a música exerce e sofre ao longo de seu
desenvolvimento.
- A
origem e evolução de seus sistemas musicais característicos (que envolvem
suas estruturas rítmicas, melódicas e harmônicas).
• O desenvolvimento das formas musicais, gêneros e
estilos.
• A
história dos instrumentos musicais e técnicas associadas à sua execução.
• A influência mútua entre a música e os
demais movimentos culturais.
• A
origem e evolução dos sistemas teóricos utilizados para estudá-la, incluindo
sistemas de notação e análise musical.
• As
principais personalidades envolvidas na sua evolução. Os compositores e
músicos que marcaram cada período ou gênero específico ou que impulsionaram o
desenvolvimento de novas formas, estilos e gêneros.
• A
cronologia de todos estes temas”.
Quando comparamos a música
antiga com a música moderna, encontramos uma lacuna muito difícil de preencher.
Se existe, porém, alguma coisa que nos possa dar uma idéia sobre a música
original da raça humana, essa coisa é a música oriental, que ainda tem nela
vestígios da música antiga.
5.000 a.C.
= Ravanastron
Ligada a função religiosa,
mágica e social. Música mágico-ritual transmitida sempre cuidadosamente de
geração em geração. Tècnicamente se define pela repetição em uníssono
geralmente coral de motivos rítmicos-melódicos.
Pentatônica: uma teoria
atribui aos chineses (sábio chinês Ling Lun) do ano 2.500 a.C. o sistema de 5
notas. Segundo a teoria, esse número alcança na Grécia clássica, sete sons.
Devemos a descoberta dos sons 8,9,10,11 e 12 à Idade Média. Isso significa que,
segundo essa teoria, a humanidade foi encontrando, paulatinamente, os 12 sons
de nosso atual sistema musical. Se assim fosse a consequência lógica seria o
encontro de novos sons “ad infinitum”, a nova divisão do nosso intervalo
mínimo, etc. A essa teoria pode-se opor o fato indiscutível de que, no mundo
antigo, muitos povos conheceram e praticaram outros sistemas musicais, e até
sistemas semitonais, e ainda intervalos menores. Índia.
A Intuição assimila a
criação (exploração). Você compreende e interage.
A mais valiosa e
importante coisa da música dos povos antigos, que tão grandemente beneficiou a
humanidade, foi o fato de eles distinguirem os diferentes aspectos da música e,
desse modo, terem chegado à conclusão de que havia um certo modo de expressar o
tom (som) e o ritmo (pulso) que podiam trazer maior emoção ou inclinação
a agir. E eles descobriram também, juntamente com isto, que havia um certo
emprego de tempo e ritmo que conferia maior equilíbrio e elegância à música.
Esta ciência, desenvolvendo-se após muitos anos de prática, formou, em si, uma
arte ou ciência especial psicológica, a qual recebeu o nome de Mantra Ioga, ou
seja, a sagrada união entre a vida exterior e a vida mais profunda. A
RESPIRAÇÃO. A VIBRAÇÃO. A NATUREZA.
A GRUTA DE FINGAL. ATIVIDADES: TIM TUM,
Percussão, Mantras, Ravanastron, DVD
Isso trouxe-os do campo
das vibrações audíveis para o das vibrações internas, ou seja, do som
para a respiração: SURA
O corpo de ressonância
vibra por simpatia, isto é, as vibrações do corpo sonoro primário contagiam o
corpo de ressonância. O violino (Sheakespeare). A arte da construção dos
instrumentos. Materiais condutores de som.
·
Música
da Antiguidade = Grécia e Roma
Atividade: métrica dos versos gregos
(U e __).
Consciência estatal =
Sociedade = Ritmo.
Consciência Sonora. A
escala.
coletivo / nacionalismo =
ritmo < música – poesia – dança
Escritura musical.
Exatidão sem clareza visual.
Séc. IV a.C.: Técnica e
prática musical – Aristóxenes – Tempo Primeiro (o subir e descer dos pés na
dança)
Medida dos versos gregos:
(U) – sílaba breve (curta)
= unidade
(—) – sílaba longa = 02
breves (UU)
As letras definem a altura
dos sons mas não o desenho da melodia.
Neumas (marca ou sinal):
constituiu mais uma ajuda à memória do que um sistema.
Tetracorde
Modos e tonalidade
(demonstrar)
Harmonia: Sinfonias e
Diafonias (Séc. IV a.C.)
Instrumentos : Cítara
(lira) - Apolo
youtube Aulos (sôpro) – Dionísio
Pitágoras. (Séc. VI a.C.)
Acústica, monocórdio, vibração de 20
a 20.000 Hertz p/seg. limites da audição humana.
Oitava = proporção 1-2;
Quinta 2-3; Quarta 3-4 (demonstração)
O pentágono
Harmônicos (p.16) :
1701/22
Até o harmônico 16 somente
aparecem 8 de nossas notas.
Saltério: 300 a.C. – teclado: séc.
XIV d.C.
Piano de 54 a 8.000. 1.702/1.711
Fator determinante nas
variações de raças.
Heinrich Rudolf Hertz :
1885/1889 descobriu as ondas eletromagnéticas
·
A
Monodia Cristã = Canto Gregoriano = Cantochão =
Canto Litúrgico da Igreja Romana
ATIVIDADE: Audição
Consciência individual =
Humanidade = Melodia (Jesus)
Início da fase melódica. Concepção
expressiva da música.
Melodia: influência grega
e hebraica com simplificações, sem acompanhamento instrumental, coral monódico
(uníssono), melodias litúrgicas (fé cristã).
Deste canto procedem os
[[Modos gregos|modos gregorianos]], que dão base à música ocidental. Deles vêm
os [[modo]]s maior (jônio) e menor (eólico), e outros cinco, menos conhecidos
(dórico, frígio, lídio, mixolídio e lócrio).
Ano 54. São Pedro em Roma
(asiático, Galiléia, Palestina)
Foi somente no ano de 54 d.C. que o apóstolo Pedro trouxe
às comunidades cristãs de Roma o seu conhecimento de melodias auferido em Antioquia,
onde vivera muito tempo.
Eram melodias muito antigas, ligadas aos cânticos
sagrados dos hebreus.
Fragmentos dos hinos
cantados nos templos gregos (modal) e dos salmos que acompanhavam
o culto no Templo de Jerusalém.
Tipos de
cantochão conforme a região: Romano – Ambrosiano (Sto. Ambrósio, Milão) –
Galiciano ( França) – Moçárabe (Espanha)
Ritos próprios
católicos e ortodoxos: latino (igreja de Roma) – orientais (Greco Bizantino)
Cantochão. Cristianismo
reconhecido em 313 pelo imperador Constantino Magno.
- Categoria:
- Textos bíblicos
- Textos em prosa
(as lições do Ofício Divino, as epístolas
e o Evangelho da missa).
- Textos poéticos
(os Salmos e os Cânticos).
- Textos não bíblicos
- Textos em prosa
(o Te Deum e várias antífonas incluindo as marianas)
- Textos poéticos
(os hinos e as sequências de cultos e Missas)
O Cantochão pode também ser classificado em sua forma
(como cantado):
- Forma
- Antifonal: dois coros cantam
versos com um refrão, alternadamente;
- Responsorial: solistas
cantam os versos e o coro canta o refrão;
- Direta: os cantores cantam
os versos e não há refrão.
Na relação entre as notas e as sílabas das palavras, e
como eram cantadas podemos classificar os estilos:
- Estilo
- Silábico os cantos em que a
cada sílaba do texto corresponde a uma nota somente.
- Melismático os cantos em que
uma única sílaba de uma palavra canta longas passagens de notas.
- Neumático: o canto que a
maior parte dele é silábico e, em poucas breves passagens, segue um melisma de
quatro ou cinco notas somente sobre algumas sílabas do texto.
- Inicialmente intervalos de
2ª e 3ª.
Cantores amadores. Difícil
de ouvir as vozes. Séx. II – constituição Apostólica.
Os teólogos condenam a prática musical fora da Igreja
Bizâncio: oriente europeu.
Os castratis
Reforma
do canto eclesiástico pelo papa Gregório I, O Grande (590-604). Antifonário
Gregoriano. Schola Cantorum (conservatórios). Criou a
Capela Sistina. Selecionados e adaptados para serem utilizados nas
celebrações religiosas da Igreja Católica.
Interpretações: 1. Solo
Salmódico : sem participação coral, apenas nas exclamações finais – Aleluia,
Amém.
2. Canto Responsorial :
solo e coro se alternam
3. Canto Antifônico :
dois coros se alternam a cada verso.
Formas musicais: Salmos e
Cânticos
Kyrie, Gloria, Credo,
Sanctus et Benedictus e Agnus Dei.
O Kyrie Eleison é feito com Canto Gregoriano, melismático
e com o texto curto. As horas canônicas, segundo a regra de S. Bento, ordem
monástica sem trabalho pastoral. Elas são organizadas em Matinas(amanhecer),
Primeiras(6h), Terceiras (9h), Sextas (12h), nonas (15h), Vésperas
(pôr-do-sol), Completas (último ofício do dia).
O Glória é realizado na parte de júbilo não entoado em
missas de requiém, onde é envolvido o tema morte. As formas de execução do
Canto Gregoriano se dividem em Responsorial, o qual é a alternância entre o
solista (celebrante) e o coro, Anticoral, que é a alternância entre os coros ou
meio-coros e Direto, onde não ocorre nenhuma alternância.
O Credo (Profissão/Confissão de Fé) é o momento mais
educativo e de mensagem clara da liturgia. Nessa parte da missa também se usa
os modos eclesiásticos autênticos e plagais.
No Agnus dei, lo canto gregoriano tem tipos de textos
diferentes diante de duas perspectivas, prosa e verso. A prosa dentro da Bíblia
aborda os ofícios epístolas e não Bíblicos, a missa. Já no verso os textos
Bíblicos são os Salmos e não Bíblico os Hinos.
Na missa de réquiem (Ezéquias) o Glória e o Aleluia são
extraídos, já que são partes de Júbilo, O Agnus dei torna-se Dona eis réquiem e
surge o Dies Irae (Sequentia), liberdade que se impôs do Ordinarium Requiem.
Somente este tipo de prática musical podia ser utilizada
na liturgia ou outros ofícios católicos. Só nos finais da Idade Média é que a polifonia (harmonia obtida com mais de uma linha melódica em contraponto) começa a ser
introduzida nos ofícios da cristandade de então, e a coexistir com a prática do canto
gregoriano.[4]
A Missa cujo do latim
significa congregação ou reunião, é a Celebração da Eucaristia em memoria da
morte sacrificial e ressurreição de Jesus Cristo. Ela define o momento
principal do cristianismo. Sua Organização Litúrgica é dividida em duas partes,
o Proprium Missae (ocasiões especiais) e Ordinarium Missae (partes imutáveis).
Vida cultural nos
mosteiros: Santo Ambrósio, Santo Agostinho (''quem
canta ora duas vezes''), teórico Boécio (séc. V), Flacco Alcuino, São João
Damasceno.
Aos monges da Ordem de São
Bento deve-se o restabelecimento dos textos originais. A mais antiga música
ainda em uso. Características : inesgotável riqueza melódica, ritmo puramente
prosódico subordinado ao texto, sem barras de compasso, uníssono.
Notação Alfabética: sete
primeiras letras do alfabeto latino.
Notação Neumática: sinais
ideográficos originados dos acentos agudo e grave. Origem grega. ATIVIDADE
Boécio apresentou
as relações harmônicas dos gregos e dividiu a música em três categorias fundamentais
(em sua obra De institutione musica): a musica mundana, que
representava a harmonia do universo; a musica humana, que representava a harmonia do corpo humano; a musica
instrumentalis, que era integrada pela
música vocal e instrumental. Ele foi o primeiro a fazer a divisão de
instrumentos musicais nas três categorias:
cordas, sopro e percussão.
Processos novos entre sec.
X e XI com linhas horizontais a partir de uma linha. ATIVIDADE
Órgão. (K)Ctesíbio (Séc.
III ou II a.C.). Séc. IX oficializado pela Igreja Católica. (Ex. LE SALON DE
MUSIQUE : 0.14.53)
Cantos silábicos,
neumáticos (2 ou 4 notas) e melismáticos.
Isso se deu por um bom
tempo, pois era uma forma da Igreja se diferenciar das práticas profanas ou
secular (começo da Idade Média), nas quais eram constituídas de música
instrumental, dançante na maioria das vezes e com letras sobre diversos
assuntos e não só sacros.
Concílio de Trento em 1545 favorável a volta do canto chão. 1562 : aboliu
a música do culto!
Fases - monódica: I a X / polifônica: X a XVII / harmônica: XVII (utilização do elemento som pelo cristianismo)
·
Polifonia
Católica = A Polifonia Vocal (Séc. X a XVI)
O moteto é um gênero musical polifônico surgido no século XIII, onde, inicialmente, usavam-se textos distintos para
cada voz. Dessa característica vem a origem do termo, derivado de mot,
palavra, em francês. O moteto se tornará uma das grandes formas da música
polifônica, sendo o apogeu de seu uso no contraponto modal do século XVI, apesar de sua importância para a música barroca e da recorrência a ele até por compositores românticos.
Primeiros processos de
compor
Mensuralismo
Palestrina: contraponto
·
Início
da Música Profana = Música Medieval
Ars Antiqua (Séc. XI)
No século XIII, certos contracantos clandestinos se
infiltraram na melodia tradicional, subvertendo a liturgia que fixava os TONS
da Igreja. Com reprovação, os religiosos viram também que sua música começava a
denotar traços da criação musical erudita que se cultivava nos castelos e até
das canções populares dos aldeões.
A música profana é a música sacra, vínculada as
tradições não religiosas ou culticas da intelectualidade humana. O termo
refere-se também a toda a música feita fora do país ou sem o intuíto do cantor.
A música profana no período medieval é constituída de
canções de amor, sátiras políticas e danças acompanhadas de instrumentos como pandeiro, harpa e cornamusa que eram
fáceis de ser transportados pelos cantores que se deslocavam de uma cidade para
outra. As palavras eram muito importantes de modo que as pessoas pudessem
cantar como diversão. Por exemplo, o moteto sai da igreja para entrar na casa dos nobres, e foi por
isso banido da música sacra.
A maior coleção de música profana provém dos poemas que
os trovadores, provenientes do sul da França, levavam às cortes européias. Compositores como Josquin Desprez escreveram música sacra e música profana. Ele compôs 86 peças de música profana
e 119 de música sacra.
A música profana
contribuiu para a formação da literatura durante o período de Carlos Magno.
A música sacra, em sentido restrito (e mais
usado), é a música erudita própria da
tradição religiosa judaico-cristã. Em sentido mais amplo é usado como sinônimo de música religiosa, que é
a música nos cultos de quaisquer tradições religiosas.
A expressão foi cunhada pela primeira vez durante a Idade Média, quando se decidiu que deveria haver uma teoria musical
distinta para a música das missas e a música do culto, e tem em sua forma mais
antiga o canto gregoriano. A
música sacra foi desenvolvida em todas as épocas da história da música
ocidental, desde o Renascimento (Arcadelt, Des Près, Palestrina), passando pelo Barroco (Vivaldi, Bach, Haendel), pelo Classicismo (Haydn, Mozart, Nunes Garcia), pelo Romantismo (Bruckner, Gounod, César Franck, Saint-Saëns) e finalmente o Modernismo (Penderecki, Amaral Vieira).
Algumas formas que se enquadram dentro da música sacra
são os motetes, que são peças baseadas em textos religiosos - quase
sempre em latim, os salmos, que são uma forma particular de
motetes baseadas no Livro dos Salmos, a missa, oriunda da liturgia católica e
geralmente dividida em seis partes básicas (Kyrie, Gloria, Credo, Sanctus,
Benedictus e Agnus Dei) e o réquiem, ou missa dos mortos, que inclui as partes
básicas da missa e mais outras (Dies Irae, Confutatis, Lacrimosa, etc.).
Te Deum é um hino litúrgico católico atribuído a Santo Ambrósio e a Santo Agostinho, iniciado com as palavras "Te Deum Laudamus"
(A Vós, ó Deus, louvamos). Segundo a tradição, este hino foi improvisado na
Catedral de Milão num arroubo de fervor religioso desses santos.
1053. A frieza bárbara começa a ser
substituída por um sentimento amoroso com o culto à mulher.
Bardos: norte europeu
Trovadores e Menestréis :
poesia lírica aristocrática cantada nos castelos e a poesia lírica popular
cantada nas aldeias.
Manuscrito de canção de
verão em cânone a 6 vozes,
“Cuckoo-Song” (“Summer is i-cumen in...”)
polifonia (Séc. XIII). ATIVIDADE:
Amazonas (Bôto)
PEROTINUS : ano de 1200,
diretor da Schola Cantorum da catedral de Notre-Dame em Paris. Primeiro
compositor que sai da obscuridade do anonimato. Características :
“majestosamente ôca”.
O imobilismo da Ars
Antiqua explica-se pela isuficiência do sistema de notação.
Guido de Arezzo -
sistematizador (Séc. XI).
Todas as notas tinham o
mesmo valor, a mesma duração, sem possibilidade de distinguir breves e longas.
CLAVES: A
notação adquire uma certa clareza. Pauta de 4 linhas a partir da linha única
dos manuscritos dos séc. anteriores (Notação Diastemática). A primeira e
terceira linhas da pauta trazem respectivamente no início as letra F (Fá) e C
(Do) indicando o som que será grafado nelas.
A base do novo sistema de notação gráfica e
leitura musical de Guido resumia-se na seguinte fórmula: toda nota, sobre a
mesma linha, tem o mesmo som. Já nos dois séculos antes o monge Hucbaldo empregara as linhas, escrevendo sobre elas,
conforme a entoação, as sílabas a serem
cantadas. Do sistema adotado em Aquitânia, Guido incluiu uma terceira linha,
correspondente à nota LÁ, com a letra A, e depois uma quarta linha, conforme o
canto se estendia para o grave ou para o agudo, e sobre estas linhas colocava
as neumas, aproveitando tanto as linhas quanto os espaços para a indicação dos
graus da escala. Desse modo, as neumas indicavam, além da direção do movimento
da voz, o intervalo exato entre as notas a serem entoadas.
Essas letras foram a
origem das claves de Fá e Do. O G (Sol), como clave, aparece no séc. XII. As
notas escritas nessa pauta eram os Neumas já evoluídos e nesse século fixados
nas chamadas Notação Romana ou Notação Quadrada, e na Notação Coral Alemã ou
Cravo de Ferradura.
Inventou também os nomes
atuais dos sons, por ter utilizado na Somização (sistema de entoação, solfejo) dos seus hexacordes
(substituindo os tetracordes no sistema), das sílabas Ut Re Mi Fa Sol La,
tiradas da abertura de cada verso do Hino de São João Batista:
Ut
queant laxis Resonare fibris
Mira
gestorum Famuli tuorum
Solve polluti
Labii reatum
Sancte
Joannes *
*Para
que os servos possam cantar com vozes cansadas os teus admiráveis feitos, ó São
João, tira-lhes o pecado do lábio manchado.
Guido de Arezzo
sistematizou também a utilização da sucessão diatônica de sons denominada hexacorde.
O hexacorde era constituído por seis sons, e constava de dois tons, um semitom
e dois tons (2t + s + 2t). Havia três modos, iniciados respectivamente em DÓ,
SOL e FÁ, com as denominações de hexacorde natural, hexacorde duro e
hexacorde mole.
Cada um tinha as
seguintes características: o hexacorde natural não possuía a nota SI; o
hexacorde duro (hexachordum
durum)
continha o SI natural, ou duro, que era representado, na notação de Guido de
Arezzo, por neumas em forma quadrada, no caso,
a minúscula b que se denominava b durum ou b quadro (quadrado),
da qual se originou a palavra bequadro;
o hexacorde mole continha o SI bemol, que se representava pela minúscula b com
perfil arredondado (ou mole), denominada b molle, da qual se originou a
palavra bemol. O caráter do hexacorde era dado pela presença ou ausência
da nota SI. A mudança de um a outro hexacorde (por extensão da voz) fazia mudar os nomes das notas (a isto,
denominava-se mutação).
Como aparecia
somente um semitom, este era chamado MI-FÁ. Assim, os sons anteriores e posteriores
do semitom eram chamados UT-RÉ e SOL-LÁ, “independente de sua entoação real”.
Sem denominar sons fixos. Só
mais tarde a escala natural Do Maior fixou as sílabas da Solmização atual. A
sílaba Ut foi chamada Do por J. Batista Doni no séc. XVII. A sílaba Si na
segunda metade do séc. XVII.
Data de 1691 nosso atual sistema
musical.
A partir daí foi a
sopa no mel...
Séc. XII : duração de uma
nota = máxima, longa, breve e semibreve
Séc. XIV : mínima e
semínima
Séc. XV : notas brancas e
pretas = máxima, longa, breve, semibreve, mínima, semínima, fusa e semifusa.
Claves.
Ars
Nova (Séc. XII e XIV)
Sistema mensural. Permitiu
infinita diversidade do movimento melódico nas diferentes vozes. Ciência
matemática. Erudição.
Obs.: precisava-se de
séculos para construir as grandes catedrais. Quando estavam prontas (ou quando
as construções foram, incompletas, abandonadas), já tinha mudado muito o estilo
de pensar e o estilo de construir. E HOJE COM AS MUDANÇAS ABSURDAMENTE RÁPIDAS?
Contraponto. Guillaume de
MACHAUT (1330-1377). Escolheu 5 partes fixas do texto da missa para pô-las em
música: Kyrie, Gloria, Credo, Sanctus, Benedictus e Agnus Dei. Criou assim uma
forma musical de que os compositores se servirão durante séculos, com a mesma
assiduidade com que os músicos do Séc. XIX escreverão sinfonias e quartetos.
É
O COMEÇO DO CICLO DE CRIAÇÃO QUE EM NOSSOS DIAS ACABOU.
Bispo Philippus de Vitry
No final da Idade Média a
maioria dos músicos foi dando notória preferência aos modos jônio e eólio que
posteriormente ficaram populares como Escala maior e Escala menor.
Reforma e contra reforma.
·
Música
Renascentista = Reforma
·
Melodrama
- Da Renascença ao Barroco
(séculos XV a XVII)
A música sacra, que dominou imponente por
mil anos, quase foi abolida das cerimônias
católicas, em razão dos excessos a que chegou. Somente não o foi em virtude da
genialidade de alguns compositores sacros, tais como Pierluigi da Palestrina, Josquin
Des Près, Orlando di Lasso, Thomas Byrd, etc., verdadeiros mestres da
artemusical. Na música de Palestrina (século XV) o coro continuava sem
intervenção instrumental, mas, embora as vozes cantassem livres, já existia uma
disposição de acordes.
Quanto à música não religiosa, durante o
período do Renascimento e da Reforma o estilo
musical continuou altamente influenciado pela música flamenga, a qual se irradiou
para a França, Alemanha, Itália e Inglaterra. No século XVI, numerosas formas
musicais surgiram, tais como a Frottola italiana, o Lied polifônico
alemão; o Villancico espanhol
e o Madrigal italiano e inglês.
Com o Renascimento, procurou-se definir mais satisfatoriamente o estilo,
desenvolvendo-se métodos racionais de
composição e buscando-se a clareza e o equilíbrio. Iniciou-se também o
desenvolvimento de música instrumental para conjuntos de câmara. Também nesse
período começou a surgir a harmonia, que já vinha sendo esboçada desde a época
da Ars Nova.
O Madrigal, uma forma desenvolvida da
Frottola, difundiu-se por toda a civilização européia. Nele, um coro de cinco vozes move-se livremente, sem Canto Firme,
cada voz desenvolvendo um tema diferente. Polifônico, já prenuncia o
acorde harmônico, teorizado por Zarlin. No século XVII, no período denominado Barroco, surgiu a música dramática, as formas
do recitativo e do melodrama e
o gênero sinfonia.
·
Música
Instrumental = Música Barroca
Correntes diferentes dividem o gênero, com destaque para o grande moteto
francês, baseados nos salmos, tinham em sua execução a participação de
solistas, orquestra, coro e conjunto instrumental. O pequeno moteto era composto
para até três vozes e um contínuo. São seus representantes Lully, Du Mont, Charpentier, Rameau, Lalande, Campra e Couperin. Outra corrente se formaria a partir da tradição herdada
de Palestrina, cujos representantes são Caldara, Lotti, Cazzati e Alessandro Scarlatti,
sendo que, com este último, o moteto se aproxima das formas dramáticas como a
ópera. O estilo concertante tem em Schütz seu principal compositor. Johann Sebastian Bach
escreveu também seis importantes obras que chamou motetos. Estes eram peças
relativamente longas, em alemão sobre temas sacros para coro e baixo contínuo.
Séc. XVIII : pentagrama