sábado, 23 de março de 2013

NO TEMPO DO RAVANASTRON - A CONSTRUÇÃO


OFICINA DE MÚSICA: CONSTRUÇÃO DO RAVANASTRON

1.      Pequena apresentação musical com Ravanastrons / Rabeca / Violino;

2.      Construção do Ravanastron: passo a passo;

3.      Breve resumo da história da invenção do instrumento;

4.      Exploração dos instrumentos construídos;

5.      Consciência das propriedades do som e dos elementos da linguagem musical, através de demonstrações e atividades contendo jogos dramáticos musicais.
 Ravanastron -primeiro instrumento de cordas tocadas com arco, surgido na humanidade.
Nesta Oficina não se pede uma formação musical. Este projeto tem como objetivo oferecer ao público ferramentas que os ensinem a redescobrir e valorizar o espírito criativo-intuitivo presente na arte e na ciência, abrindo novos canais de expressão. No passo a passo da criação do instrumento, evocamos em cada participante sua sensibilidade musical, trazendo a consciência de como é importante a educação musical nas escolas, em todos os níveis da sociedade.
Mostrando uma evolução através do fio condutor que vai da primeira corda que vibrou, imitando o canto de um pássaro até o som sintético da máquina, em um resgate da história musical do homem, também chamamos a atenção do público para o fato de que toda sofisticação “inventada” reflete uma sofisticação da natureza! Este é um dos sentidos do material utilizado que constrói o instrumento: o bambu. Mostraremos que um recurso da natureza atravessa milênios. Nesse sentido, há um caráter transdisciplinar neste projeto, visível na interposição de passado, presente e futuro e, nessa resistência, seu aspecto atemporal. Habitualmente o fio das histórias da música se perde na impossibilidade de articular passado e presente.
Assim, mostramos de forma lúdica, mas também didática, uma estrutura que permite abrir a percepção da escuta e despertar o poder de expressar a musicalidade latente e não menos viva em todo brasileiro.
Além disso, a recriação de uma história musical a partir de recursos presentes em nossas realidades pode criar uma rede social em torno desta forma criativa de descobrir talentos musicais.

PÚBLICO ALVO: Infanto/Juvenil – Adolescentes
TURMA : 10 participantes
CARGA HORÁRIA: 01 encontro de 3 horas  
Visite o Site:


                                 

domingo, 27 de janeiro de 2013

TÁBUA CRONOLÓGICA


                         PONTO DE PARTIDA, NÃO DE CHEGADA!

·         Música Elementar = Música Primitiva = As Origens = A Natureza = A Vibração = O Oriente

  • A palavra música tem a sua origem no grego musiké téchne, ou seja, a arte das musas

A HISTÓRIA DA MÚSICA ENVOLVE AO MENOS:

  • As origens culturais da música em cada grupo humano estudado.
  • As influências culturais e sociais que a música exerce e sofre ao longo de seu desenvolvimento.
  • A origem e evolução de seus sistemas musicais característicos (que envolvem suas estruturas rítmicas, melódicas e harmônicas).
    •  O desenvolvimento das formas musicais, gêneros e estilos.
    • A história dos instrumentos musicais e técnicas associadas à sua execução.
    • A influência mútua entre a música e os demais movimentos culturais.
    • A origem e evolução dos sistemas teóricos utilizados para estudá-la, incluindo sistemas de notação e análise musical.
    • As principais personalidades envolvidas na sua evolução. Os compositores e músicos que marcaram cada período ou gênero específico ou que impulsionaram o desenvolvimento de novas formas, estilos e gêneros.
    • A cronologia de todos estes temas”.


     Quando comparamos a música antiga com a música moderna, encontramos uma lacuna muito difícil de preencher. Se existe, porém, alguma coisa que nos possa dar uma idéia sobre a música original da raça humana, essa coisa é a música oriental, que ainda tem nela vestígios da música antiga.
5.000 a.C. = Ravanastron
Ligada a função religiosa, mágica e social. Música mágico-ritual transmitida sempre cuidadosamente de geração em geração. Tècnicamente se define pela repetição em uníssono geralmente coral de motivos rítmicos-melódicos.
Pentatônica: uma teoria atribui aos chineses (sábio chinês Ling Lun) do ano 2.500 a.C. o sistema de 5 notas. Segundo a teoria, esse número alcança na Grécia clássica, sete sons. Devemos a descoberta dos sons 8,9,10,11 e 12 à Idade Média. Isso significa que, segundo essa teoria, a humanidade foi encontrando, paulatinamente, os 12 sons de nosso atual sistema musical. Se assim fosse a consequência lógica seria o encontro de novos sons “ad infinitum”, a nova divisão do nosso intervalo mínimo, etc. A essa teoria pode-se opor o fato indiscutível de que, no mundo antigo, muitos povos conheceram e praticaram outros sistemas musicais, e até sistemas semitonais, e ainda intervalos menores. Índia. 
A Intuição assimila a criação (exploração). Você compreende e interage.
A mais valiosa e importante coisa da música dos povos antigos, que tão grandemente beneficiou a humanidade, foi o fato de eles distinguirem os diferentes aspectos da música e, desse modo, terem chegado à conclusão de que havia um certo modo de expressar o tom (som) e o ritmo (pulso) que podiam trazer maior emoção ou inclinação a agir. E eles descobriram também, juntamente com isto, que havia um certo emprego de tempo e ritmo que conferia maior equilíbrio e elegância à música. Esta ciência, desenvolvendo-se após muitos anos de prática, formou, em si, uma arte ou ciência especial psicológica, a qual recebeu o nome de Mantra Ioga, ou seja, a sagrada união entre a vida exterior e a vida mais profunda. A RESPIRAÇÃO. A VIBRAÇÃO. A NATUREZA. A GRUTA DE FINGAL. ATIVIDADES: TIM TUM, Percussão, Mantras, Ravanastron, DVD
Isso trouxe-os do campo das vibrações audíveis para o das vibrações internas, ou seja, do som para a respiração: SURA
O corpo de ressonância vibra por simpatia, isto é, as vibrações do corpo sonoro primário contagiam o corpo de ressonância. O violino (Sheakespeare). A arte da construção dos instrumentos. Materiais condutores de som.
·         Música da Antiguidade = Grécia e Roma
Atividade: métrica dos versos gregos (U e __).
Consciência estatal = Sociedade = Ritmo.
Consciência Sonora. A escala.
coletivo / nacionalismo = ritmo < música – poesia – dança
Escritura musical. Exatidão sem clareza visual.
Séc. IV a.C.: Técnica e prática musical – Aristóxenes – Tempo Primeiro (o subir e descer dos pés na dança)
Medida dos versos gregos:
(U) – sílaba breve (curta) = unidade
(—) – sílaba longa = 02 breves (UU)
As letras definem a altura dos sons mas não o desenho da melodia.
Neumas (marca ou sinal): constituiu mais uma ajuda à memória do que um sistema.
Tetracorde
Modos e tonalidade (demonstrar)
Harmonia: Sinfonias e Diafonias (Séc. IV a.C.)
Instrumentos : Cítara (lira) - Apolo
youtube         Aulos (sôpro) – Dionísio
Pitágoras. (Séc. VI a.C.) Acústica, monocórdio, vibração de 20 a 20.000 Hertz p/seg. limites da audição humana.
Oitava = proporção 1-2; Quinta 2-3; Quarta 3-4 (demonstração)
O pentágono 
Harmônicos (p.16) : 1701/22
Até o harmônico 16 somente aparecem 8 de nossas notas.
Saltério: 300 a.C. – teclado: séc. XIV d.C.
Piano de 54 a 8.000. 1.702/1.711
Fator determinante nas variações de raças.
Diapasão: Foi inventado por John Shore (16621752) em 1711, trompetista de Georg Friedrich Haendel. Medida internacional de frequência em 1854 – 435 HZ nota lá de câmara.
Heinrich Rudolf Hertz : 1885/1889 descobriu as ondas eletromagnéticas
·         A Monodia Cristã = Canto Gregoriano = Cantochão =  Canto Litúrgico da Igreja Romana

ATIVIDADE: Audição
Consciência individual = Humanidade = Melodia (Jesus)
Início da fase melódica. Concepção expressiva da música.
Melodia: influência grega e hebraica com simplificações, sem acompanhamento instrumental, coral monódico (uníssono), melodias litúrgicas (fé cristã).
Deste canto procedem os [[Modos gregos|modos gregorianos]], que dão base à música ocidental. Deles vêm os [[modo]]s maior (jônio) e menor (eólico), e outros cinco, menos conhecidos (dórico, frígio, lídio, mixolídio e lócrio).
Ano 54. São Pedro em Roma (asiático, Galiléia, Palestina)
Foi somente no ano de 54 d.C. que o apóstolo Pedro trouxe às comunidades cristãs de Roma o seu conhecimento de melodias auferido em Antioquia, onde vivera muito tempo. Eram melodias muito antigas, ligadas aos cânticos sagrados dos hebreus.

Fragmentos dos hinos cantados nos templos gregos (modal) e dos salmos que acompanhavam o culto no Templo de Jerusalém.
Tipos de cantochão conforme a região: Romano – Ambrosiano (Sto. Ambrósio, Milão) – Galiciano ( França) – Moçárabe (Espanha)
Ritos próprios católicos e ortodoxos: latino (igreja de Roma) – orientais (Greco Bizantino)
Cantochão. Cristianismo reconhecido em 313 pelo imperador Constantino Magno.
  • Categoria:
    • Textos bíblicos
      • Textos em prosa (as lições do Ofício Divino, as epístolas e o Evangelho da missa).
      • Textos poéticos (os Salmos e os Cânticos).
    • Textos não bíblicos
      • Textos em prosa (o Te Deum e várias antífonas incluindo as marianas)
      • Textos poéticos (os hinos e as sequências de cultos e Missas)
O Cantochão pode também ser classificado em sua forma (como cantado):
  • Forma
    • Antifonal: dois coros cantam versos com um refrão, alternadamente;
    • Responsorial: solistas cantam os versos e o coro canta o refrão;
    • Direta: os cantores cantam os versos e não há refrão.
Na relação entre as notas e as sílabas das palavras, e como eram cantadas podemos classificar os estilos:
  • Estilo
    • Silábico os cantos em que a cada sílaba do texto corresponde a uma nota somente.
    • Melismático os cantos em que uma única sílaba de uma palavra canta longas passagens de notas.
    • Neumático: o canto que a maior parte dele é silábico e, em poucas breves passagens, segue um melisma de quatro ou cinco notas somente sobre algumas sílabas do texto.
    • Inicialmente intervalos de 2ª e 3ª.
Cantores amadores. Difícil de ouvir as vozes. Séx. II – constituição Apostólica.
Os teólogos condenam a prática musical fora da Igreja
Bizâncio: oriente europeu. Os castratis
Reforma do canto eclesiástico pelo papa Gregório I, O Grande (590-604). Antifonário Gregoriano. Schola Cantorum (conservatórios). Criou a Capela Sistina. Selecionados e adaptados para serem utilizados nas celebrações religiosas da Igreja Católica.

Interpretações: 1. Solo Salmódico : sem participação coral, apenas nas exclamações finais – Aleluia, Amém.
                       2. Canto Responsorial : solo e coro se alternam
                       3. Canto Antifônico : dois coros se alternam a cada verso.
Formas musicais: Salmos e Cânticos
Kyrie, Gloria, Credo, Sanctus et Benedictus e Agnus Dei.
O Kyrie Eleison é feito com Canto Gregoriano, melismático e com o texto curto. As horas canônicas, segundo a regra de S. Bento, ordem monástica sem trabalho pastoral. Elas são organizadas em Matinas(amanhecer), Primeiras(6h), Terceiras (9h), Sextas (12h), nonas (15h), Vésperas (pôr-do-sol), Completas (último ofício do dia).
O Glória é realizado na parte de júbilo não entoado em missas de requiém, onde é envolvido o tema morte. As formas de execução do Canto Gregoriano se dividem em Responsorial, o qual é a alternância entre o solista (celebrante) e o coro, Anticoral, que é a alternância entre os coros ou meio-coros e Direto, onde não ocorre nenhuma alternância.
O Credo (Profissão/Confissão de Fé) é o momento mais educativo e de mensagem clara da liturgia. Nessa parte da missa também se usa os modos eclesiásticos autênticos e plagais.
No Agnus dei, lo canto gregoriano tem tipos de textos diferentes diante de duas perspectivas, prosa e verso. A prosa dentro da Bíblia aborda os ofícios epístolas e não Bíblicos, a missa. Já no verso os textos Bíblicos são os Salmos e não Bíblico os Hinos.
Na missa de réquiem (Ezéquias) o Glória e o Aleluia são extraídos, já que são partes de Júbilo, O Agnus dei torna-se Dona eis réquiem e surge o Dies Irae (Sequentia), liberdade que se impôs do Ordinarium Requiem.
Somente este tipo de prática musical podia ser utilizada na liturgia ou outros ofícios católicos. Só nos finais da Idade Média é que a polifonia (harmonia obtida com mais de uma linha melódica em contraponto) começa a ser introduzida nos ofícios da cristandade de então, e a coexistir com a prática do canto gregoriano.[4]


A Missa cujo do latim significa congregação ou reunião, é a Celebração da Eucaristia em memoria da morte sacrificial e ressurreição de Jesus Cristo. Ela define o momento principal do cristianismo. Sua Organização Litúrgica é dividida em duas partes, o Proprium Missae (ocasiões especiais) e Ordinarium Missae (partes imutáveis).
Vida cultural nos mosteiros: Santo Ambrósio, Santo Agostinho (''quem canta ora duas vezes''), teórico Boécio (séc. V), Flacco Alcuino, São João Damasceno.
Aos monges da Ordem de São Bento deve-se o restabelecimento dos textos originais. A mais antiga música ainda em uso. Características : inesgotável riqueza melódica, ritmo puramente prosódico subordinado ao texto, sem barras de compasso, uníssono.
Notação Alfabética: sete primeiras letras do alfabeto latino.
Notação Neumática: sinais ideográficos originados dos acentos agudo e grave. Origem grega. ATIVIDADE
Boécio apresentou as relações harmônicas dos gregos e dividiu a música em três categorias fundamentais (em sua obra De institutione musica): a musica mundana, que representava a harmonia do universo; a musica humana, que representava a harmonia do corpo humano; a musica instrumentalis, que era integrada pela música vocal e instrumental. Ele foi o primeiro a fazer a divisão de instrumentos musicais nas três categorias: cordas, sopro e percussão.

Processos novos entre sec. X e XI com linhas horizontais a partir de uma linha. ATIVIDADE
Órgão. (K)Ctesíbio (Séc. III ou II a.C.). Séc. IX oficializado pela Igreja Católica. (Ex. LE SALON DE MUSIQUE : 0.14.53)
Cantos silábicos, neumáticos (2 ou 4 notas) e melismáticos.
Isso se deu por um bom tempo, pois era uma forma da Igreja se diferenciar das práticas profanas ou secular (começo da Idade Média), nas quais eram constituídas de música instrumental, dançante na maioria das vezes e com letras sobre diversos assuntos e não só sacros.
Concílio de Trento em 1545 favorável a volta do canto chão. 1562 : aboliu a música do culto!
Fases -  monódica: I a X /  polifônica: X a XVII / harmônica: XVII (utilização do elemento som pelo cristianismo)



·         Polifonia Católica = A Polifonia Vocal (Séc. X a XVI)
O moteto é um gênero musical polifônico surgido no século XIII, onde, inicialmente, usavam-se textos distintos para cada voz. Dessa característica vem a origem do termo, derivado de mot, palavra, em francês. O moteto se tornará uma das grandes formas da música polifônica, sendo o apogeu de seu uso no contraponto modal do século XVI, apesar de sua importância para a música barroca e da recorrência a ele até por compositores românticos.
Primeiros processos de compor
Mensuralismo
Palestrina: contraponto

·         Início da Música Profana = Música Medieval  
Ars Antiqua (Séc. XI) 


No século XIII, certos contracantos clandestinos se infiltraram na melodia tradicional, subvertendo a liturgia que fixava os TONS da Igreja. Com reprovação, os religiosos viram também que sua música começava a denotar traços da criação musical erudita que se cultivava nos castelos e até das canções populares dos aldeões.
A música profana é a música sacra, vínculada as tradições não religiosas ou culticas da intelectualidade humana. O termo refere-se também a toda a música feita fora do país ou sem o intuíto do cantor.
A música profana no período medieval é constituída de canções de amor, sátiras políticas e danças acompanhadas de instrumentos como pandeiro, harpa e cornamusa que eram fáceis de ser transportados pelos cantores que se deslocavam de uma cidade para outra. As palavras eram muito importantes de modo que as pessoas pudessem cantar como diversão. Por exemplo, o moteto sai da igreja para entrar na casa dos nobres, e foi por isso banido da música sacra.
A maior coleção de música profana provém dos poemas que os trovadores, provenientes do sul da França, levavam às cortes européias. Compositores como Josquin Desprez escreveram música sacra e música profana. Ele compôs 86 peças de música profana e 119 de música sacra.
 A música profana contribuiu para a formação da literatura durante o período de Carlos Magno.
A música sacra, em sentido restrito (e mais usado), é a música erudita própria da tradição religiosa judaico-cristã. Em sentido mais amplo é usado como sinônimo de música religiosa, que é a música nos cultos de quaisquer tradições religiosas.
A expressão foi cunhada pela primeira vez durante a Idade Média, quando se decidiu que deveria haver uma teoria musical distinta para a música das missas e a música do culto, e tem em sua forma mais antiga o canto gregoriano. A música sacra foi desenvolvida em todas as épocas da história da música ocidental, desde o Renascimento (Arcadelt, Des Près, Palestrina), passando pelo Barroco (Vivaldi, Bach, Haendel), pelo Classicismo (Haydn, Mozart, Nunes Garcia), pelo Romantismo (Bruckner, Gounod, César Franck, Saint-Saëns) e finalmente o Modernismo (Penderecki, Amaral Vieira).
Algumas formas que se enquadram dentro da música sacra são os motetes, que são peças baseadas em textos religiosos - quase sempre em latim, os salmos, que são uma forma particular de motetes baseadas no Livro dos Salmos, a missa, oriunda da liturgia católica e geralmente dividida em seis partes básicas (Kyrie, Gloria, Credo, Sanctus, Benedictus e Agnus Dei) e o réquiem, ou missa dos mortos, que inclui as partes básicas da missa e mais outras (Dies Irae, Confutatis, Lacrimosa, etc.).

Te Deum é um hino litúrgico católico atribuído a Santo Ambrósio e a Santo Agostinho, iniciado com as palavras "Te Deum Laudamus" (A Vós, ó Deus, louvamos). Segundo a tradição, este hino foi improvisado na Catedral de Milão num arroubo de fervor religioso desses santos.
1053. A frieza bárbara começa a ser substituída por um sentimento amoroso com o culto à mulher.
Bardos: norte europeu
Trovadores e Menestréis : poesia lírica aristocrática cantada nos castelos e a poesia lírica popular cantada nas aldeias.
Manuscrito de canção de verão em cânone a 6 vozes, “Cuckoo-Song” (“Summer is i-cumen in...”)  polifonia (Séc. XIII). ATIVIDADE: Amazonas (Bôto)
PEROTINUS : ano de 1200, diretor da Schola Cantorum da catedral de Notre-Dame em Paris. Primeiro compositor que sai da obscuridade do anonimato. Características : “majestosamente ôca”.
O imobilismo da Ars Antiqua explica-se pela isuficiência do sistema de notação.
Guido de Arezzo - sistematizador (Séc. XI).
Todas as notas tinham o mesmo valor, a mesma duração, sem possibilidade de distinguir breves e longas.
CLAVES: A notação adquire uma certa clareza. Pauta de 4 linhas a partir da linha única dos manuscritos dos séc. anteriores (Notação Diastemática). A primeira e terceira linhas da pauta trazem respectivamente no início as letra F (Fá) e C (Do) indicando o som que será grafado nelas.
A base do novo sistema de notação gráfica e leitura musical de Guido resumia-se na seguinte fórmula: toda nota, sobre a mesma linha, tem o mesmo som. Já nos dois séculos antes o monge Hucbaldo empregara as linhas, escrevendo sobre elas, conforme a entoação, as sílabas a serem cantadas. Do sistema adotado em Aquitânia, Guido incluiu uma terceira linha, correspondente à nota LÁ, com a letra A, e depois uma quarta linha, conforme o canto se estendia para o grave ou para o agudo, e sobre estas linhas colocava as neumas, aproveitando tanto as linhas quanto os espaços para a indicação dos graus da escala. Desse modo, as neumas indicavam, além da direção do movimento da voz, o intervalo exato entre as notas a serem entoadas.
Essas letras foram a origem das claves de Fá e Do. O G (Sol), como clave, aparece no séc. XII. As notas escritas nessa pauta eram os Neumas já evoluídos e nesse século fixados nas chamadas Notação Romana ou Notação Quadrada, e na Notação Coral Alemã ou Cravo de Ferradura.
Inventou também os nomes atuais dos sons, por ter utilizado na Somização (sistema de entoação, solfejo) dos seus hexacordes (substituindo os tetracordes no sistema), das sílabas Ut Re Mi Fa Sol La, tiradas da abertura de cada verso do Hino de São João Batista:
Ut queant laxis     Resonare fibris
Mira gestorum      Famuli tuorum
Solve polluti         Labii  reatum
          Sancte  Joannes *
*Para que os servos possam cantar com vozes cansadas os teus admiráveis feitos, ó São João, tira-lhes o pecado do lábio manchado.


Guido de Arezzo sistematizou também a utilização da sucessão diatônica de sons denominada hexacorde. O hexacorde era constituído por seis sons, e constava de dois tons, um semitom e dois tons (2t + s + 2t). Havia três modos, iniciados respectivamente em DÓ, SOL e FÁ, com as denominações de hexacorde natural, hexacorde duro e hexacorde mole.

Cada um tinha as seguintes características: o hexacorde natural não possuía a nota SI; o hexacorde duro (hexachordum durum) continha o SI natural, ou duro, que era representado, na notação de Guido de Arezzo, por neumas em forma quadrada, no caso, a minúscula b que se denominava b durum ou b quadro (quadrado), da qual se originou a palavra bequadro; o hexacorde mole continha o SI bemol, que se representava pela minúscula b com perfil arredondado (ou mole), denominada b molle, da qual se originou a palavra bemol. O caráter do hexacorde era dado pela presença ou ausência da nota SI. A mudança de um a outro hexacorde (por extensão da voz) fazia mudar os nomes das notas (a isto, denominava-se mutação).
Como aparecia somente um semitom, este era chamado MI-FÁ. Assim, os sons anteriores e posteriores do semitom eram chamados UT-RÉ e SOL-LÁ, “independente de sua entoação real”.
 
Sem denominar sons fixos. Só mais tarde a escala natural Do Maior fixou as sílabas da Solmização atual. A sílaba Ut foi chamada Do por J. Batista Doni no séc. XVII. A sílaba Si na segunda metade do séc. XVII.

              Data de 1691 nosso atual sistema musical.
                         A partir daí foi a sopa no mel...
Séc. XII : duração de uma nota = máxima, longa, breve e semibreve
Séc. XIV : mínima e semínima
Séc. XV : notas brancas e pretas = máxima, longa, breve, semibreve, mínima, semínima, fusa e semifusa.
Claves.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                          
Ars Nova (Séc. XII e XIV)
Sistema mensural. Permitiu infinita diversidade do movimento melódico nas diferentes vozes. Ciência matemática. Erudição.
Obs.: precisava-se de séculos para construir as grandes catedrais. Quando estavam prontas (ou quando as construções foram, incompletas, abandonadas), já tinha mudado muito o estilo de pensar e o estilo de construir. E HOJE COM AS MUDANÇAS ABSURDAMENTE RÁPIDAS?
Contraponto. Guillaume de MACHAUT (1330-1377). Escolheu 5 partes fixas do texto da missa para pô-las em música: Kyrie, Gloria, Credo, Sanctus, Benedictus e Agnus Dei. Criou assim uma forma musical de que os compositores se servirão durante séculos, com a mesma assiduidade com que os músicos do Séc. XIX escreverão sinfonias e quartetos.
É O COMEÇO DO CICLO DE CRIAÇÃO QUE EM NOSSOS DIAS ACABOU.
Bispo Philippus de Vitry
No final da Idade Média a maioria dos músicos foi dando notória preferência aos modos jônio e eólio que posteriormente ficaram populares como Escala maior e Escala menor.
 Reforma e contra reforma.

·         Música Renascentista = Reforma

·         Melodrama
  • Da Renascença ao Barroco (séculos XV a XVII)

A música sacra, que dominou imponente por mil anos, quase foi abolida das cerimônias católicas, em razão dos excessos a que chegou. Somente não o foi em virtude da genialidade de alguns compositores sacros, tais como Pierluigi da Palestrina, Josquin Des Près, Orlando di Lasso, Thomas Byrd, etc., verdadeiros mestres da artemusical. Na música de Palestrina (século XV) o coro continuava sem intervenção instrumental, mas, embora as vozes cantassem livres, já existia uma disposição de acordes.
Quanto à música não religiosa, durante o período do Renascimento e da Reforma o estilo musical continuou altamente influenciado pela música flamenga, a qual se irradiou para a França, Alemanha, Itália e Inglaterra. No século XVI, numerosas formas musicais surgiram, tais como a Frottola italiana, o Lied polifônico alemão; o Villancico espanhol e o Madrigal italiano e inglês. Com o Renascimento, procurou-se definir mais satisfatoriamente o estilo, desenvolvendo-se métodos racionais de composição e buscando-se a clareza e o equilíbrio. Iniciou-se também o desenvolvimento de música instrumental para conjuntos de câmara. Também nesse período começou a surgir a harmonia, que já vinha sendo esboçada desde a época da Ars Nova.
O Madrigal, uma forma desenvolvida da Frottola, difundiu-se por toda a civilização européia. Nele, um coro de cinco vozes move-se livremente, sem Canto Firme, cada voz desenvolvendo um tema diferente. Polifônico, já prenuncia o acorde harmônico, teorizado por Zarlin. No século XVII, no período denominado Barroco, surgiu a música dramática, as formas do recitativo e do melodrama e o gênero sinfonia.

 
·         Música Instrumental = Música Barroca

Correntes diferentes dividem o gênero, com destaque para o grande moteto francês, baseados nos salmos, tinham em sua execução a participação de solistas, orquestra, coro e conjunto instrumental. O pequeno moteto era composto para até três vozes e um contínuo. São seus representantes Lully, Du Mont, Charpentier, Rameau, Lalande, Campra e Couperin. Outra corrente se formaria a partir da tradição herdada de Palestrina, cujos representantes são Caldara, Lotti, Cazzati e Alessandro Scarlatti, sendo que, com este último, o moteto se aproxima das formas dramáticas como a ópera. O estilo concertante tem em Schütz seu principal compositor. Johann Sebastian Bach escreveu também seis importantes obras que chamou motetos. Estes eram peças relativamente longas, em alemão sobre temas sacros para coro e baixo contínuo.
Séc. XVIII : pentagrama