segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

A GRUTA DE FINGAL


Em minha experiência como professor de música, notei que com o auxílio de uma estratégia relacionada à natureza dos sons, o aluno aprende mais rápido e com maior consciência, dando-se, evidentemente, particular importância ao tempo natural de cada ser humano : é notável essa trajetória. Falar da natureza dos sons e das histórias de como o homem os utilizou, utiliza e utilizará, desperta muito o interesse do aluno de qualquer idade. Conhecer na música a sua natureza mais íntima é de fundamental importância. Apesar de distante, ela está bem perto. Esse aprendizado também é uma maneira de despertar a vontade de estar, em silêncio, ouvindo o som interno.

Fiquei encantado ao descobrir a existência desse lugar, de onde se ouve o som, o som interno e o som do universo ao encontro um do outro. Ver, meditar e contemplar – a música está intimamente ligada à natureza, em todos os tempos e em todos os meios, mais do que imaginamos, muitas vezes.

As harmonias da GRUTA DE FINGAL existem desde que este mundo adquiriu sua forma estável. Ela fica na ilha de Staffa, no arquipélago das Hébridas, perto da Escócia, e tem o nome de um herói lendário. É uma caverna à beira do mar, com pilares hexagonais de basalto de cerca de 11m de altura, formados por fluxos de lava – e em seus pontos mais profundos ainda se ouve o barulho do mar. Ela serviu de valiosa inspiração para o compositor Felix Mendelssohn-Bartholdy, em sua viagem à Escocia, em 1829. Mendelssohn ficou tão impressionado com o estrondo das ondas batendo no fundo da caverna que, na mesma hora, esboçou um primeiro tema para a obra “A Gruta de Fingal”. Ali compôs a abertura de “As Hébridas”, primeiro em forma de sonata e depois em forma de sinfonia, que foi concluída no fim de 1830, em Roma.

VALE A INTUIÇÃO E A CRIAÇÃO

Nenhum comentário:

Postar um comentário